Hotel, agroshopping, museu centros de eventos e tecnológico estão previstos na concessão de 25 anos para o uso de 27 hectares
Investidores interessados em explorar as áreas de uso público do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), vêm o plano de negócios desenvolvido pelo grupo M.Stortti ingressar na sua última etapa de desenvolvimento. No dia 12, edital publicado no Diário Oficial da União abriu mercado para um espaço de 27 hectares a serem utilizados comercialmente nos próximos 25 anos pelas empresas candidatas. Elas deverão investir na construção do hotel, agroshopping e centro de eventos, centro tecnológico e museu previstos no projeto de remodelagem da sede da Expointer.
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Plano de negócios para a revitalização do Assis Brasil
O plano de negócios para o Parque Assis Brasil foi desenvolvido pelo grupo de consultoria M.Stortti, contratada em 2012 pelo Simers (Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul), Farsul (Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul) e ABCC (Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos) em parceria com o Governo do Estado. O investimento total do projeto, até 2020, é de R$ 330 milhões.
Projetos já instalados no parque
No último ano, o marco regulatório do Parque Assis Brasil, pela Lei 14.380/2013, criou um fundo, subsecretaria, conselho gestor e Plano Diretor instituídos na estrutura da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio para administrar a remodelagem. Foram assinados, ainda em 2013, os contratos de permissão de uso do parque pelo Simers e ABCCC, investidores que ocupam o local e que tiveram as suas concessões renovadas por 25 anos.
Estão em execução os projetos relacionados aos núcleos do Cavalo Crioulo (R$ 15,6 milhões) e da Mecanização Agrícola (R$ 14,2 milhões), além da regularização fundiária que instalou diques de contenção para a água da chuva. “O Assis Brasil não alaga mais”, comentou o diretor Maurênio Stortti.
Saiu no edital
O projeto do hotel (R$ 10,5 milhões) está contemplado neste edital de licitação. Estão previstos, ainda, os núcleos de eventos (R$ 82 milhões), institucional, educacional e tecnológico (R$ 103,6 milhões), comércio, serviço e gastronomia (R$ 6,5 milhões), o agroshopping (R$ 36,6 milhões), o restaurante (R$ 2,3 milhões) e o museu (R$ 4,4 milhões).
Museu da Agricultura e Pecuária (MAP)
O plano de negócios do museu prevê um acervo de recursos audiovisuais, depoimentos, conteúdo multimídia, imagens, sons, cheiros, espaço cultural, mostras itinerantes e ateliers nas temáticas do agronegócio. As temáticas vão abranger a história do Rio Grande do Sul, de cada cultura como agricultura e pecuária, história das raças, do parque, da Expointer, a dinâmica do campo, os sistemas de plantio e a mecanização agrícola.
Interativo e tecnológico, o Museu da Agricultura e Pecuária terá a parceria de instituições de ensino e receberá grupos escolares. “Ele será um ícone, representando o agronegócio no parque e potencializando o objetivo de incluir a comunidade e o público de turismo o ano todo nas dependências do Assis Brasil”, disse Maurênio Stortti.
O MAP ocupará o espaço destinado hoje à Casa do Gaúcho. Localizado próximo às três esferas do parque, será a recepção de acesso aos eventos e à Expointer. A arquitetura será preservada e a edificação recuperada.