Entrevista Hugney Velozo – Diretor da DF Turismo e ABAV-DF

Nome Completo: Hugney Silva Velozo
Nome Utilizado Trade: Hugney Velozo
Empresa Atual: DF Turismo e Representações
Naturalidade: Brasília
Nome dos seus pais: Celio Velozo e Vandira Nascimento Silva Velozo
Estado Civil: Casado
Tempo de Turismo: 22 anos
Formação: Superior
Signo: Virgem
Data Nascimento: 21/09/75
Nome e Quantidade de Filhos: Isabela – 18 anos e Lucca – 05 anos

VOENEWS: Como começou no turismo ?
HUGNEY VELOSO: Office Boy na Itiquira Turismo

VOENEWS: Onde já trabalhou ?
HUGNEY VELOSO: Itiquira Turismo, Capri Turismo, Buriti e Interline Turismo

VN: Qual o seu Hobby ?
HV: Futebol e Cozinhar

VN: Pratica algum esporte ? Qual ?
HV: Futebol e Mergulho

VN: Tem um time de coração ?
HV: Flamengo

VN: Tem animal de estimação, qual ?
Não

VN: O que é indispensável pra você?
HV: Viajar

VN:Tem algum ídolo ?
HV: Meus pais

VN: Poderia mencionar algumas pessoas especiais com quem trabalhou ?
HV: Levi Barbosa, Jaime Menin e Davi Moura

VN: Qual a sua comida favorita ?
HV: Arroz com feijão carne moída e purê de batatas

VN: Tem alguma mania ou supertição ? qual ?
HV: Pedir a benção todas as vezes que entro no mar

VN: Quando criança sonhava o que sonha profissionalmente?
HV: Piloto de avião

VN: Uma alegria ?
HV: Abrir minha empresa

VN: Uma tristeza ?
HV: A morte da minha mãe

VN: Um livro ?
HV: A arte da guerra

VN: Filme ?
HV: Os Intocáveis ( o original )

VN: Estilo musical ?
HV: Deep house

VN: No que se acha bom ?
HV: Bater papo com os amigos

VN: No que não se acha bom ?
HV: Dizer “não”

VN: Você não poupa dinheiro na hora de ?
HV: Viajar com a família

VN: Sonho de Consumo ?
HV: Já me sinto vencedor

VN: Tem algum projeto em mente ?
HV: Criação de uma operadora

VN: Qual sua viagem inesquecível ?
HG: Primeira viagem à Disney

VN: Melhor lugar do Mundo ?
HV: Minha casa

VN: Tem uma frase que te marcou ?
HV: Comunicação não é o que se fala, mas o que as pessoas entendem.

VN: Tem alguma história engraçada do turismo que gostaria de contar?
HV: Uma vez quando ainda era operador na Itiquira operadora, recebi uma solicitação de um pacote de lua de mel em Gramado para um hotel com vista mar.

VN: Deixe uma frase ou mensagem para o público do VoeNews.
HV: A profissionalização do segmento será a mola mestra para o desenvolvimento do setor. Portanto, invistam na capacitação para se tornarem o diferencial do mercado.

VN: A DF TUR passou por algumas mudanças, saíram pessoas da sociedade e entrou outra pessoa, como está hoje a estrutura organizacional da empresa e em que ramo está atuando?
HV: Realmente passamos por uma mudança societária e mudamos o foco da nossa atuação em 2012. Na verdade tínhamos duas empresas atuando no mesmo segmento e começou a haver choque de interesses. Resolvemos separar as empresas e com a isso a DF Turismo centrou seu foco para o atendimento de governo com a chegada do novo sócio o Sr. Lucimarcos Santos. Naquele momento precisávamos de um crescimento rápido e nosso volume de vendas cresceu bastante, com isso conseguimos no ano seguinte reestabelecer nosso setor de eventos e voltar a competir também no segmento corporativo, alcançando em 2014 o prêmio “ Agências de Elite Regional” do grupo LATAM.

VN: A DFTUR mudou de endereço e fez contratações, mesmo neste momento de crise vê possibilidades de manter o crescimento ou acha que é hora de rever processos e atividades?
HV: Nos últimos anos crescemos a uma taxa bem superior ao mercado em geral e para esse ano acho que não temos como repetir essa receita, pois realmente o momento é de reavaliação de processos e atividades sim. Porém não abriremos mão de avaliar a possibilidade de crescimento e de novos negócios.

VN: Como profissional que participa de licitações, como vê a Central de Compras do Governo, acredita que isto é algo passageiro ou apenas deste governo, ou crer que é uma mudança definitiva na forma do governo adquirir passagens aéreas?
HV: Vejo como um absurdo! A Central de Compras é um processo de estatização de um setor produtivo da indústria do turismo, completamente ilegal, mentiroso e irregular.
Estou lutando muito para que esse modelo não se instale completamente e se ainda existir decência nesse país, creio que não vai. O governo quer fechar a micro e pequena empresa em troca de uma suposta economia que já se mostrou inexistente. O modelo está em análise no Tribunal de Contas da União com parecer técnico e cautelar favorável às agencias de viagens e deve ser julgado até o final de julho.

VN: Em um artigo falei que todas as empresas deveriam ter apoiado a manifestação daquelas que atendem o governo, pois pode haver uma migração dessas empresas para o segmento de lazer, eventos e corporativo, concorda com isto? qual a sua posição?
HV: A adesão à manifestação foi muito boa meu amigo Moisés! Há muito tempo não via tantos agentes e agências de viagens reunidas em torno de uma causa. Vi por lá consolidadoras, operadoras, agências de lazer, etc. É preciso ter cautela ao falar dessa migração, o momento é de juntarmos forças para derrubar a central de compras.

VN: E como dirigente de uma entidade que representa os agentes de viagens, o que tem a dizer desse momento de crise e de mudança da atuação do governo que prejudica e muito os agentes de viagens?
HV: Infelizmente esse é um momento muito delicado para nosso segmento, tanto na condição econômica do país, alta do dólar, desaceleração da economia, bem como na atuação do governo federal, criação da central, corte nos gastos de passagens, diárias e eventos, etc. Mas a ABAV/DF tem atuado fortemente para minimizar e preparar os agentes de viagens para esse cenário. Além da luta diária que temos empreendido contra a Central de Compras do MPOG, tanto no TCU quanto da Câmara dos Deputados, temos promovido palestras e cursos sobre a realidade econômica do nosso setor, como a realizada em abril desse ano auditório da FECOMERCIO “ Economia Aplicada as Setor de Agencia de Viagens” bem como em junho temos o curso sobre “Gestão em Viagens Corporativas” que já está com as inscrições abertas.

VN: Falando em ABAV-DF poderia nos falar das principais ações da entidade nesta gestão, os objetivos estão sendo alcançados ?
HV: Não tenho como falar dessa gestão sem discorrer um pouco sobre a recente história da entidade. A ABAV/DF passou por uma reestruturação muito importante e profunda nas ultimas gestões. A entidade estava completamente desacreditada, sucateada e quebrada financeiramente e após muito trabalho e empenho, gostaria aqui de citar também a gestão anterior do Sr. Carlos Alberto de Sá, junto com a atual diretoria temos conseguido resgatar a ABAV .
Na atual gestão temos atuado muito em defesa dos interesses dos agentes de viagens : Lei 12974/14, Central de Compras, Condetur, Revisão do Código de defesa do consumidor e na capacitação e orientação dos associados através de palestras e cursos.

VN: Algumas empresas encerraram as atividades, a Nascimento por exemplo foi uma surpresa muito grande, como vê este momento e como vê o abalo da credibilidade nas empresas uma vez que muitos passageiros ficarão literalmente no chão ?
HV: Primeiramente muito me entristece uma empresa com 50 anos de mercado deixar de operar, mas infelizmente não é a primeira e não será a ultima vez que veremos isso.

Claro que acaba arranhando a credibilidade, mas encaro como um fato isolado e que não irá atrapalhar o mercado em si. A instabilidade econômica e a retração por que passamos é muito mais prejudicial do que a recuperação judicial da Nascimento. Boa sorte, que possam voltar a operar logo!

VN: Muitos dizem que em momento de crise, deve-se tirar o “R” e Criar oportunidade e formas de superar adversidades, se manter vivo e até sair mais forte da situação, acredita neste pensamento ?qual a sua visão ?
HV: Acredito sim!!! Momentos difíceis existem para serem superados e o bom da vida são essas vitórias. Todos que trabalham com turismo há algum tempo, já viveram tempos como esses.
O momento é de manter a calma e avaliar novas possibilidades, procurar novos destinos, nichos de mercado ainda não explorados ou trabalhar o turismo regional.